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Psicologia Clínica e Direcção
Dra. Eliana Baptista - 937548490
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domingo, 21 de fevereiro de 2010
"Terra à Vista"
Imaginemos uma pessoa que navega à deriva num mar calmo, onde não se avista nada para além do azul imenso da água e do céu. Ao longe, para onde quer que olhe o horizonte é só um, onde o mar e o céu se tocam e nenhuma referência parece indicar o caminho a seguir.
De repente, terra à vista! Surge a oportunidade, sob a forma de uma paisagem desconhecida, de deixar o mar tranquilo e ao mesmo tempo monótono, que já se conhece e que não tem nada de novo.
A terra apresenta-se assim como um mundo novo pronto a ser descoberto, a ser explorado, mas também como algo estranho, cheio de novidades que não se sabe serem boas ou más.
Tal visão que rompe o horizonte provoca insegurança, por ser desconhecida. Subir para terra implica quebrar uma ligação com o mar que já se conhece e procurar novos vínculos por entre a vegetação, em busca de novos caminhos.
Surge então a dúvida do que é mais seguro. Se vale a pena vencer o medo do desconhecido para se poder conhecer, ou se é preferível permanecer na ignorância do azul do mar, que embora bonito, tranquilizante e seguro, onde já se sabe o que pode acontecer, não passa a ser mais do que é e não promove o conhecimento de nada novo.
Encarando a chegada à terra como uma situação angustiante, onde o sujeito se depara com a frustração de não encontrar nada conhecido, nada que o oriente e securize, o sujeito tem duas soluções que dependem das suas capacidades egóicas. Ou tolera a angústia retirando dela a força necessária para avançar no conhecimento, ou deixa-se dominar por ela, sentindo-a de tal forma avassaladora, que tem de se livrar dela em primeiro lugar, deixando a descoberta de parte.
No seu artigo sobre “Sentir, Pensar e Aprender” (1996), Emílio Salgueiro relacionou a angústia com a aquisição de conhecimento e com o consequente crescimento dizendo que « angústias contidas estimulam o crescimento, angústias transbordantes paralisam-no. ». De facto é mesmo isto que sucede.
Helena Mourão, 2001
Excerto da Introdução - "Transformações Num Caso de Psicose Infantil:
Estudo A Partir do Rorschach"
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Sobre o EBHM
- EBHM
- EBHM são as iniciais dos nomes das duas Psicólogas Clínicas que deram vida a este espaço terapêutico. Eliana Baptista e Helena Mourão, licenciaram-se no Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em condições pré-Bolonha. Embora já se conhecessem, foi após um reencontro proporcionado pela actividade profissional, que despertou a vontade conjunta de trabalhar em equipa.
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